A criação de bicho-da-seda foi desenvolvida pelos chineses na era imperial, porém, a sericultura só chegou ao Brasil no século XIX com a vinda da família real portuguesa. Desde então, toda primavera, estação em que os brotos emergem das amoreiras, os sericultores começam suas atividades, e você pode se tornar um!
Para a criação do bicho-da-seda, uma das condições principais é cultivar amoreiras, cuja folha é a principal fonte de alimento do animal. Tirando isso, é muito importante uma boa assistência e mão de obra capacitada: os zootecnistas.
Iniciantes em sericultura devem começar a criação com lagartas, na terceira fase de desenvolvimento, por volta dos 1,5 centímetros de comprimento. Também é necessário reservar uma área onde estão as amoreiras com alto desempenho produtivo.
A temperatura e umidade da sirgaria varia de acordo com a fase de desenvolvimento da lagarta. Aos sete dias de vida o bicho-da-seda necessita de uma temperatura entre 26 e 27°, com umidade relativa do ar em torno de 90%. Desse ponto em diante, a umidade fica por volta de 75% e a temperatura cai para 25°C, nunca ultrapassando os 27°C.
No início, um espaço com nove metros de comprimento por seis metros de largura é suficiente. Em uma área desse tamanho a média de produção mensal chega a 70 quilos de casulos! Já a criação comercial de bicho-da-seda necessita de um galpão com sessenta metros de comprimento, oito metros de largura e três metros de altura, gerando uma escala de produção mensal de mais de 500 quilos. É sempre importante lembrar que esteiras e bosques (suporte onde a lagarta tece o fio) são indispensáveis em todos os casos.
Já imaginou em ser produtor de seda e agregar valor produzindo produtos à base deste tecido? Se o assunto despertou seu interesse e você quer saber mais, confira nossa grade curricular do curso de zootecnia!