A homeopatia é um método terapêutico que consiste em prescrever a um doente, sob uma forma diluída e em pequeníssimas doses, uma substância que, em doses elevadas, é capaz de produzir num indivíduo sadio, sinais e sintomas semelhantes aos da doença que se pretende combater.
A palavra homeopatia parte de duas palavras gregas: hominias e pathos, que traduzem, respectivamente, “semelhante” e “sofrimento” (MENTI, 2013).
A homeopatia foi concebida por Christian Friederich Samuel Hahnemann, médico alemão de Leipzig, que transcendeu a alopatia para testar uma nova forma terapêutica com base numa experiência em si mesmo, com a utilização da China officinalis, de onde se extrai a quinina, uma substância que produzia sintomas amenos da malária.
O médico teve como objeto de pesquisa estudar os diferentes efeitos dos compostos da natureza, tais como animais, plantas e minerais. Como método, os administrou em amigos, colegas voluntários e em si mesmo, para anotar tudo que sentiram emocionalmente e fisicamente, após ter se decepcionado com a alopatia.
Concluiu, com esse estudo, que as substâncias testadas criavam efeitos brandos relacionados a sintomas de algumas doenças, o que tornava cada medicamento único. E foi com isso que elaborou o principal pilar da homeopatia: a lei da semelhança. Além disso, partiu de um pressuposto de Hipócrates que entendia que o semelhante curava o semelhante, e assim estabeleceu, com essa primeira lei, os quatro pilares da terapêutica homeopática que foram: lei dos semelhantes, a da experimentação no homem sadio, lei das doses mínimas e infinitesimais e lei do medicamento único.
A lei dos semelhantes prescreve que um medicamento que provoca sofrimento em uma pessoa sadia, curaria uma pessoa cuja doença natural apresentasse as mesmas características.
O pilar da experimentação na pessoa sadia foi pautado para conhecer o potencial de tratamento de uma medicação. Os homeopatas testam a medicação em si mesmos, com o objetivo de buscar o efeito puro das substâncias e suas doses, pautadas numa técnica que consiste na diluição infinitesimal e na mistura de uma pequena quantidade de substância específica em muita água ou álcool, seguida de grande agitação, chamada dinamização.
A lei do medicamento único é aquela em que se busca um único medicamento homeopático que atenda todo o quadro de sintomas do animal doente.
A Homeopatia contempla três correntes de tratamento: a Unicista, a Pluralista e a Complexista. A Unicista utiliza um único medicamento homeopático que abrange todo o quadro sintomático. A Pluralista prescreve vários medicamentos homeopáticos conforme a sintomatologia do doente. A Complexista associa medicamentos homeopáticos que possuem a mesma similaridade para a mesma doença.
Se as leis que eu proclamo são as da natureza, elas serão válidas para todos seres vivos (Hahnemann)
Ângela de Campos Calderazzo
Fabiola Cardoso Knupp