Especialistas projetam que a inflação para as proteínas irá superar a marca de 10% este ano. Após ter disparado em 2020, o aumento previsto para 2021 está acima da estimada para a inflação oficial (IPCA), que era de 5,9%.
De acordo com a consultoria da Letra de Crédito do Agronegócio (LCA), a maior alta neste ano seguirá na carne de boi (17,6%), já o ovo irá subir em 7,6%. Segundo a Associação Brasileia de Proteína Animal (ABPA), a razão para o aumento do preço do ovo é por conta do valor dos insumos para a criação dos animais.
Segundo os dados da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), os custos de produção em 2020 subiram 68,8% se tratando de milho, já a soja aumentou em 79,4%. As projeções para 2021 são de um aumento de 39,8% para o milho e 7,2%, para a soja.
Para os produtores a única saída encontrada é o repasse dos custos para os preços ao longo da cadeia, até chegar ao supermercado. Resultando em preços mais caros para o consumidor.
Tudo isso ressalta a importância da atuação do profissional de zootecnia na adequação constante das fórmulas nutricionais, além da busca por ingredientes alternativos que mantenham a produtividade, mas reduzam custos de produção, na tentativa de entregar proteína de qualidade com custo acessível à população.